quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Os restos mortais de Aquilino Ribeiro foram hoje transladados para o Panteão Nacional.
Muito se tem dito e escrito sobre este acontecimento que eu não poderia deixar de "meter a minha colherada".
Foi dito que Aquilino era um terrorista, terá participado no Régicidio, tudo isto baseado em panfletos que terá escrito, na sua fuga para França e em texto publicado no Romance "Lápides Soltas" em que Aquilino diz "Ninguém sabe mas eu matei o Rei".
No entanto nada em concreto está provado, ou melhor tudo está provado pois ficou provado que Ele foi o escritor português mais emblemático do Séc. XX.
Nascido a 13 de Setembro de 1885 em Carregal, Sernancelhe, faz os seus estudos em Lamego e Viseu vindo a entrar para no Seminário de Beja,
Colabora no Jornal A Vanguarda e em 1907 nasce para a Literatura com a publicação de A Filha do Jardineiro.
Entre prisões, fugas, casamento, nascimento de filhos e clandestinidade teve tempo e arte para escrever textos com Jardim das Tormentas, Terras do Demo, O Homem que Matou o Diabo, O Romance da Raposa, Quando os Lobos Uivam e A Casa Grande de Romarigães.
A sua linguagem de raiz popular e cheia de provincianismos tornaram a sua escrita um verdadeiro espelho, aqui e ali distorcido pela sua imaginação, da sua Beira.
A sua obra literária é composta por 7 contos e 21 romances/Novelas.
E este vasto espolio que faz de Aquilino Ribeiro um dos mais fecundos romancistas da 1º metade do Século XX.
" É um inimigo do Regime. Dir-lhe-á mal de mim, mas não importa, é um grande escritor" - António de Oliveira Salazar, sobre Aquilino Ribeiro.
Homenagem merecida.

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